terça-feira, 20 de abril de 2010

Fabula sem moral da historia

Era uma vez, uma escola de ensino fundamental. Nesta escola, uma classe em especial, a da professora Helena, era conhecida como a sala mais tranquila, a unica onde todos os alunos se davam aparentemente muito bem e quase nunca brigavam.

Até que um dia, chega a Joaninha, transferida de uma escola de outro bairro.

No inicio, todos ficam muito felizes com a sua chegada : uma nova coleguinha na classe é sempre uma otima novidade! Ainda mais porque a Joaninha era sorridente e simpatica com todos.

Joaninha se adaptou muito bem a esta nova turma, fez amizade com todos e, apesar de no inicio ter algumas dificuldades com o método de ensino da professora Helena, com o tempo ela foi se adaptando.

É preciso dizer que Joaninha era uma aluna muito dedicada: embora sempre brincasse com seus coleguinhas na hora do recreio, durante as aulas ela prestava atenção e sempre fazia seus deveres com muito capricho, o que não deixou de chamar a atenção da professora Helena.

Até que um dia, sem mais nem menos, Joaninha percebeu que alguns de seus coleguinhas não a estavam mais tratando como antes. Enciumados em relação à professora Helena, eles começaram a falar mal da Joaninha, cochichar pelos cantos, jogar indiretas. Até uma das amigas mais proximas da Joaninha, a Luluzinha, que era também a ajudante de classe da professora Helena, passou a trata-la mal.

Joaninha, é claro, ficou triste. E o que era uma sala de aula aparentemente feliz e tranquila transformou-se numa sala em que os coleguinhas brigavam pela atenção da professora.

Pergunta: quem foi o causador da discordia na sala? A Joaninha, por ser boa aluna e querer se destacar? A professora Helena, por dar-lhe uma atenção que foi percebida como diferenciada pelos colegas? Os coleguinhas que, enciumados, mudaram seus comportamentos e se viraram contra Joaninha?

Eu não conheço a verdade absoluta e acredito que a resposta é subjetiva e sera diferente em função de que “papel” você desempenha ou defende numa situação assim. Por isso esta fabula não tem moral da historia.

So sei que não é a primeira vez que isso acontece com a Joaninha. E que ela esta de saco cheio e ja chegou à conclusão de que a inveja é uma m....!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Strasbourg, uma capital europeia

Depois do meu ultimo post super pessimista, falemos de viagem, um assunto muito mais interessante.

Até porque, né gente? Ja que o mundo esta para acabar mesmo, quero mais é viajar antes que tudo se acabe, né?

Como eu disse uns posts atras, em março passei um fim de semana em Strasbourg (Estrasburgo, em português).

Na verdade, uma amiga minha e da Sandrine, a Anouk, mudou-se para la ha mais de um ano e dai nos fomos la visita-la (e, é claro, aproveitar a oportunidade para conhecer a cidade).
Em primeiro lugar, Estrasburgo é uma cidade com uma historia muito movimentada: ela fica na Alsacia, no nordeste da França e na fronteira com a Alemanha, região que foi durante séculos objeto de discordia e de guerras entre estes dois paises. Desde o ano 500, quando a região foi tomada por uma população alemã, até 1944, quando virou definitivamente francesa, a Alsacia mudou de “nacionalidade” cinco vezes.

Tudo isso faz com que a Alsacia e, mais particularmente Estrasburgo, sua capital, seja uma região com uma identidade cultural muito forte. Tanto a influência alemã quanto a francesa são vistas na arquitetura, na gastronomia e até no idioma. Sim, porque o povo da Alsacia tem um dialeto proprio: o alsaciano, que lembra um pouco o alemão, mas no fundo não é compreendido nem pelos alemães, nem pelos franceses. Foi um dialeto especialmente criado como forma de defesa, para que ninguém fora os alsacianos pudessem compreendê-lo, e de identidade, pois muitos alsacianos não se consideram nem franceses, nem alemães.

Quanto à gastronomia, a forte influência alemã é facilmente identificada através de pratos como o chucrute, a flammekueche (um tipo de torta salgada flambada, de massa fina, com queijo, bacon e cebola, que lembra bastante uma pizza mas, na minha humilde opinião, é muito melhor, porque a massa é bem fininha e não enjoa), e o baeckeoffe (um tipo de carne com legumes).

A Alsacia também é a maior produtora de cerveja da França, o que também nos faz pensar nos nossos amigos alemães.

Além de toda esta parte historico-cultural, o que é interessante saber sobre Estrasburgo também é que, justamente por ser bi-nacional e bi-cultural, a cidade foi definida como uma das capitais da União Europeia e abriga, entre outras instituições, o Conselho Europeu, o Parlamento Europeu e a Corte Europeia dos Direitos Humanos.

O Conselho Europeu



O Parlamento Europeu e a Corte dos Direitos Humanos

Ok, ok. Tudo isso foi apenas uma introdução para vocês conhecerem um pouco mais da historia desta região. Mas o que eu realmente achei da cidade é que ela é... linda!
Em Estrasburgo existe um bairro chamado “Petite France” (pequena França) que é realmente uma graça, com seus canais (lembra um pouco Veneza) e suas casas de arquitetura tipica, com madeiras escuras na parte exterior. Um charme so!



No centro da cidade ha uma catedral lindissima também, mas simplesmente ENORME! Tão grande que é bem dificil tirar uma foto dela inteira. Ai vai uma fotinho que tiraram de mim na frente dela e uma foto que eu achei na Internet, neste site.



Quando falei de gastronomia, não estava brincando, não... Come-se extremamente bem (e em grandes quantidades) em Estrasburgo. Nos dois dias que estive la, consegui provar a tal da torta flambada, a flammekueche (simplesmente divina, mas comemos tão rapido que não deu tempo de tirar uma foto), uma legitima “chucrute” (muito boa, mas veio muuuuuuuuita comida, acho que deixei uns 75% no prato) e um tipo de macarrãozinho bem gostoso cujo nome agora não consigo lembrar.

Além da cidade ser um charme, nossos anfitriões, a Anouk e o Stéphane, foram uns fofos também! Passearam com a gente para tudo quanto é lado e nos fizeram realmente descobrir a cidade. Eles nos levaram para jantar no restaurante mais tradicional, a Maison Kammerzell (também a construção mais antiga de Estrasburgo, que começou a ser construida em 1427 e foi inaugurada em 1589)... e também nos levaram a um pub irlandês muito bacana (eu e os pubs irlandeses, haha).


Esta casa marrom à esquerda é a Maison Kammerzell, construção mais antiga de Estrasburgo

Outra coisa bacana em Estrasburgo: a cidade é super famosa por suas "feirinhas de Natal" (o "Marché de Noël") que acontece durante todo o mês de dezembro e onde varios comerciantes vendem um monte de coisas tipicas em suas barraquinhas... O Natal é uma festa super tradicional na Alsacia e la em Estrasburgo tem até uma loja que vende coisas de Natal o ano inteiro, olhem so:




Alias, outras descobertas que fiz em Estrasburgo, não necessariamente ligadas à cidade:

- O rugby: quando estavamos no pub irlandês, assistimos a um jogo da Copa do Mundo de rugby. Eu nunca tinha assistido a uma partida e mal sabia o que era rugby. Dai que o pessoal teve que ficar me explicando as regras e tal. Mas não é que no fim do jogo ja estava pegando gosto pela coisa e até entendendo as regras? Ha muitas coisas parecidas com o futebol, mas o rugby é, digamos assim, bem mais fisico (para não dizer agressivo, violento, um absurdo!). So sei que até que gostei do jogo, mas ainda prefiro o bom e velho futebol, com seus lances incriveis, gols de bicicleta, passes de letra, gols olimpicos, dribles, etc, etc (posso ficar aqui falando sobre futebol por horas a fio...). Para quem estiver a fim, segue o link de um video que faz um leve comparativo entre o rugby e o futebol. O video é super parcial e a favor do futebol, mas eu achei bacana (para quem tiver paciência, o lance mostrado no minuto 1'44 é simplesmente sensacional... morri de rir!).

http://www.youtube.com/watch?v=OToNNvm8esA&feature=related

- A cerveja Fischer: então, gente. Quem não me conhece direito, mas lê este blog, pode achar que eu sou assim meio pinguça (meio?) e que, considerando que vivo em pubs irlandeses, adoro cerveja. Mas não é verdade! Eu odeio cerveja! Quando estava no Brasil, a unica que conseguia tomar era Malzebier (cerveja de menininha, né?). Aqui em Lyon ha alguns bares especializados em cerveja, e nestes eu até consigo beber alguma coisa, porque eles têm no cardapio cervejas de menininha com gosto de cereja e tal. Mas quando vou ao meu bom e velho pub irlandês preferido, o Johnny Walsh’s, que so serve Guiness e afins, sou uma das unicas a beber... Smirnoff Ice! (vergonha!). Enfim. Tudo isso para dizer que eu não gosto de cerveja, mas que em Estrasburgo eu descobri a cerveja Fischer, que é da Alsacia mesmo e que é uma delicia! Adorei! Pena que não são todos os bares por aqui que vendem...

- Wii: ai no Brasil vocês dizem “a Wii” ou “o Wii”? Enfim... Ha certas coisas que eu nunca fiz na vida e que, quando eu conto, ninguém acredita... Tipo assim, eu nunca andei de patins (nem os de rua, nem os de gelo), nunca joguei Play Station, nunca assiti “A Lagoa Azul”, nunca aprendi a jogar truco (e olha que eu fiz faculdade!) e, é claro, até então, nunca tinha jogado Wii... Mas o Stéphane e a Anouk nos propuseram de jogar la na casa deles e foi bem legal. Claro que eu sou uma comédia (para não dizer tragédia) em tudo o que é jogo, mas confesso que foi bem divertido. So ainda não entendi porquê no raio do negocio da dança, quando você tem que imitar os passos do carinha no video, eu imitei tudo direitinho, paguei o maior mico, mas foi a Sandrine que ganhou o jogo. Humpft!


Fazendo graça na fronteira com a Alemanha...


Bom, gente, é isso... O post ficou gigantesco, então para quem chegou até aqui: obrigada!

E não esqueçam de escrever e comentar! Quem sabe assim, quando meu blog ficar famoso, eu faço um sorteio com prêmios bacanas e so coloco o nominho dos leitores legais, quer dizer, fiéis?

2012?

Um acidente aéreo atras do outro, inclusive um que mata o presidente da Polônia...

Um vulcão que entra em erupção na Islândia, perturba o trafego aéreo do mundo inteiro e, de quebra, cria no nosso vocabulario a expressão “nuvem de cinzas”.

Terremotos em todos os cantos do mundo: Haiti, China, Afeganistão...

Chuvas no Rio de Janeiro que matam dezenas de pessoas, e o Garotinho se declarando pré-candidato a governador (alias, casas construidas sobre lixões e maus politicos não são exclusividade do Rio de Janeiro).

Um jogo de videogame japonês de sucesso atualmente trata de um ex-presidiario cujo objetivo é o de violar o maior numero de meninas e mulheres possivel... inclusive sua irmã de 12 anos e sua mãe (não é brincadeira, ouvi na radio hoje e vocês podem ver o link abaixo, em francês)

http://technaute.cyberpresse.ca/jeux-video/201004/18/01-4271717-largentine-interdit-un-jeu-qui-simule-des-viols-rapelay.php

Não é por nada não, mas estou achando que o fim do mundo é aqui e agora.

E o povo iludido ainda com medo de 2012...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Ministério da Saude adverte

Ta. Confesso. Não sou assim a pessoa mais esportista da face da terra.

Mas precisava acabar com os dois joelhos (sim, os dois de uma vez!) detonados por conta de uma inflamação nos tendões (mais conhecida como tendinite) so porque semana passada eu brinquei umas três horinhas na neve e resolvi criar o saudavel habito de caminhar?

So pode ser implicância divina, não é possivel!

Ta vendo? Depois eu falo que praticar esporte não é bom para a saude e ninguém me leva a sério...

Ok, vou fazer meu mea-culpa: ta certo que eu sou 8 ou 80. De rainha do sedentarismo – quando o maximo esforço feito pelos meus joelhinhos queridos era andar de salto alto – passei a esportista amadora que faz esqui, anda na neve e caminha 1h30, três vezes por semana... e ainda sobe a pé a ladeira mega cansativa que leva até à minha casa no alto da minha colina!

Mas enfim, precisava detonar meus joelhos so por causa disso, precisava?

Agora estou aqui, passando pomadinha Voltaren e tomando antiinflamatorios... e, é claro, sem poder forçar muito minhas rotulas... ou seja, nada de esporte por enquanto.

Vou continuar o levantamento de copo, que até então não me detonou nada ainda!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Paris continua linda

Tem alguém que ainda vem aqui????

Espero que sim!!!

Bom, semana passada fui esquiar, pela primeira vez na vida. Quer dizer, não foi exatamente esquiar, foi mais tentar ficar em pé em cima dos esquis. Mas enfim.

Tenho um monte de coisas para contar para vocês sobre este dia e fotos e videos para postar (sim, tenho videos!!!! Dos meus tombos, inclusive).

Acontece que eu sou meio maniaca-obsessiva (vamos dizer “certinha demais”, para ficar mais leve) e, como ainda não consegui escrever aqui sobre as duas viagens que fiz em março (Paris e Strasbourg), não consigo aceitar a ideia de escrever as coisas na ordem errada. Fazer o que, né?

Enfim, pelo menos vou tomar vergonha na cara e começar a escrever sobre estas viagens que aconteceram ha mais de um mês...

O fim de semana em Paris foi mais ou menos assim: uma amiga minha tinha que ir para la numa sexta-feira, dia 05/03, para um treinamento. Eu precisava ir para Paris para uma entrevista na embaixada dos Estados Unidos, que eu marquei para a segunda-feira, dia 08/03, para podermos aproveitar o fim de semana na cidade-luz. Depois disso, convencer a Sandrine a ficar um fim de semana conosco em Paris não foi muito dificil. Ou seja, três donzelas de Lyon vão passar um fim de semana bacana na “capital”.

Abre parênteses: eu, como boa paulistana que sou, não estou acostumada em morar em uma cidade que não é o centro de tudo! Porque, o resto do Brasil que me desculpe, mas São Paulo, mesmo não sendo a capital politica do Brasil, é a principal cidade do pais, “the city that never sleeps”, o lugar onde TUDO acontece. So que aqui é diferente. Mesmo Lyon sendo a segunda maior cidade francesa, o lugar onde tudo acontece (shows, eventos, empregos, melhores faculdades...) é Paris. Às vezes ainda estranho esta coisa de não estar no “centro de tudo”. Fecha parênteses.

Enfim, no final das contas eu tive que cancelar minha entrevista na embaixada (estes americanos são o “ó », tô quase desistindo de ir para la de tão pentelhos que eles são com a historia do visto), mas isto é outra historia. Acabei indo a Paris apenas para passar o fim de semana mesmo.

E, como as três dondocas ja conheciam Paris, não fizemos muita coisa naquele esquema turistico-Torre Eiffel-Arco do Triunfo-Notre Dame, o que foi otimo!

O que fizemos então? Passeamos, fizemos compras (muitas, muitas, ebaaaa!), andamos na Champs Elysées (adoro!), paqueramos os parisienses (tivemos a impressão de que ha muito mais gatinhos por la do que por aqui... snif...), fomos a restaurantes legais e aproveitamos para conhecer algumas coisinhas que ainda não conheciamos, como o Musée Grevin, por exemplo, museu de estatuas de cera.

Ele é bem bacaninha, mas ja tendo ido ao Madame Tussaud’s, em Londres, eu achei que não chega aos pés... ha algumas personalidades internacionais, é claro, mas a maioria das estatuas são de celebridades francesas, muitas das quais eu não conhecia.

Mas enfim, eu perdoo os franceses, porque fiquei imaginando que, se houvesse um museu assim no Brasil, certamente encontrariamos “celebridades” brasileiras não conhecidas no resto do mundo, como Ivete Sangalo, Angélica, Luciano Huck, Lucianta Gimenez, para não citar pior (ja imaginaram uma estatua da Carla Perez com aquele bundão dançando na boquinha da garrafa? Ou então o tal do MC Créu-sei-la-do-quê? Provavelmente haveriam muitos “big brothers” no museu também, para manter o nivel...).

Seguem algumas fotinhos do fim de semana...


Sei que estou parecendo super descontraida nesta foto, mas estava um frio do cão!



Em frente à l'Opéra


O Arco do Triunfo, as três dondocas e... as sacolas de compras!


Ai, amiga, que tudo estar em Paris!


Se uma brasileira der um beijinho nesta careca, sera que eles perdem a Copa desta vez?


Vocês não vão ganhar a Copa de novo!


Trocando umas figurinhas com Jean-Paul Sartre


Sera que essa comida vai demorar muito pra chegar?