terça-feira, 19 de agosto de 2008

Churrasco na casa do Thiago

Este fim de semana rolou um churras na casa do Thiago, meu colega brasileiro. Também estavam la um casal de amigos dele (brasileiros também), o irmão e a meia-irmã (a unica francesa, tadinha!!! Ela entendia português, mas tinha vergonha de falar, então não ouvimos a voz dela...).

Muuuuuito bom poder comer feijão e tomar caipirinha!!! E das boas, pq fui eu mesma quem fez, com uma pinga Sagatiba que o Thiago tinha (muito boa, alias!!!).

Bom, seguem umas fotinhos... A fotinho de todo mundo de Havaianas é show de bola!!!


Hum, arroz, feijão, vinagrete, farofa e caipirinha! E o espacinho pra carne, que estava na churrasqueira, claro!

Adivinhem quais são os meus pezinhos?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Um mês!!!

Este fim de semana fez um mês que cheguei aqui e, por isto, resolvi fazer uma lista. Uma lista das coisas que estou sentindo falta do Brasil e das coisas que estou curtindo muito aqui justamente por não ter ai na “terra adorada”. Fiquei imaginando que um mês talvez seja meio cedo para fazer uma lista assim. Mas justamente por isso pode ser legal. Porque assim deixo registradas minhas primeiras impressões e, daqui a um tempinho, posso revisitar este tema e podem surgir abordagens diferentes...

Bom, mas antes de começar, trata-se de uma lista que exclui a familia, os amigos, as pessoas queridas, ok? Porque é obvio e ululante que estou sentindo muita falta da familia, dos amigos e das pessoas queridas, não preciso colocar isto na lista. Quero fazer uma lista de coisas mais “mundanas”.

Estão prontos? Então vamos la:

Do que estou sentindo falta:
  1. Requeijão: por incrivel que pareça, na terra do queijo estou sentindo falta de requeijão. Ainda não encontrei nada parecido por aqui e eu gosto muuuuuuito de requeijão. Ja enjoei de comer pão so com manteiga ou geléia, ou mesmo com queijo, quero REQUEIJAO! Aos franceses que lêem este blog (Soph, Lucie,...), um pedido desesperado de ajuda: existe algo parecido com requeijão por aqui? Porque pode até ser que exista, eu é que sou meio lerdinha e não achei... Até tentei explicar para minha colega do trabalho o que era, mas ela disse que aqui não tem isso não...
  2. Feijão: saudades do feijão da minha mãe e até do feijão do restaurante da Arno, que era bem bom (o feijão, não o restaurante). Eu trouxe feijão para fazer aqui, mas ainda não fiz porque não tenho uma panela de pressão (e isto porque trabalho numa empresa que fabrica panelas de pressão). Mas eu ainda não comprei a minha porque estou esperando ser registrada aqui para poder comprar mais barato :)
  3. Caipirinha: sem comentarios. Ou melhor, vou colocar um comentario sim. Outro dia sai com o pessoal do trabalho para tomar umas em um bar em um dos barcos que ficam ancorados no Rhône. Pois bem, estava um calor absurdo e, quem me conhece bem, sabe que eu não curto muito cerveja. Tomar Coca-Cola também estava fora dos planos. Dai que comentei que gostaria muito de tomar uma caipirinha e me disseram que neste bar eles faziam! Genial!!! Fui la pedir uma caipirinha. Fiquei passada... A caipirinha até que não era ruim, tirando o fato de que eles não colocaram gelo e eu tive que pedir. O problema foi que o tamanho da caipirinha era meio copo de um copo tipo americano. Isto mesmo que vocês leram. E eu perguntei: “é so isso???”. E era so aquilo mesmo. Agora, o que vocês nao vao acreditar, é no preço que eu paguei... 7 €!!! Isto mesmo, 7 €, ou melhor, mais ou menos R$ 17,50 por meio copo americano de caipirinha sem gelo... Por isto que dizem que quem converte, não se diverte!
  4. Comida japonesa: sim, aqui também tem restaurantes japoneses. Ja fui a dois e até que não eram ruins. Mas não eram como os de SP e sobretudo não são como o Nafuka perto da Arno onde a gente almoçava às vezes e, por R$ 19,90 comiamos até sair sushi pelas orelhas... E aquele temaki de salmão... Acho que em nenhum outro lugar vou encontrar um temaki como aquele!
  5. Manicure: saindo do universo culinario... ai, que saudaaaade da Rose!!! (a manicure da Arno). O que acontece é que manicure aqui é muito caro... Ja vi varios preços, mas que começam de 20€ em diante, isto apenas para as mãos. Ou seja, inviavel ir à manicure. Como não consigo ficar sem fazer as unhas, pois não tenho unhas naturalmente lindas como algumas pessoas sortudas, eu mesma estou fazendo minhas proprias unhas. Tanto as do pé quanto as da mão. E até que elas não têm ficado ruim, não. Estão até bonitinhas. O problema é que eu demoro UM SECULO para fazer as unhas... mas tudo bem, por enquanto minha agenda não esta tão lotada assim, se é que vocês me entendem...
  6. Shopping center: ok, ok. Shopping é a praia dos paulistanos e os paulistanos são ratos de shoppings. E tudo verdade. Ja ha muito tempo os “shopi cêntis” viraram a primeirissima opção de lazer dos paulistanos, o que às vezes é um saco, porque não ha um unico fim de semana no ano em que você não tenha que se matar para encontrar vaga no estacionamento do shopping às 4 da tarde do domingo. Nem mesmo nos feriados. Mas e so a gente ir para um lugar onde não ha shoppings, para vermos o quanto este mal é necessario e nos faz falta. Lyon é a segunda ou terceira maior cidade da França (depende do que se leva em conta, pode ser Lyon ou Marseille) e, acreditem, so ha UM UNICO SHOPPING CENTER nesta cidade, o Centre Commercial Part Dieu. De resto, ha as lojas de rua. Algumas realmente fantasticas, mas faz falta ir a um so lugar e saber que você vai encontrar tudo la. Ok, é claro que eu posso ir ao unico shopping center da cidade. Mas sendo o unico, esta sempre lotado. E ha um complicômetro, outra coisa da qual estou sentindo muita falta: as lojas nestes shopping fecham às 20h (tudo fecha muito cedo nesta cidade). Eu saio do trabalho entre 18 e 18h30. Considerando que trabalho fora de Lyon, até chegar ao shopping, estacionar e tudo, as lojas ja estão para fechar. E dai so me sobra o sabado (é claro que as lojas não abrem aos domingos), quando o shopping esta ainda mais lotado. So se a gente for muito cedo, logo que o shopping abre. Enfim, na verdade estou percebendo que o que estou sentindo falta não é exatamente dos shoppings, mas sim do fato de encontrar tudo ou quase tudo aberto até tarde, quando não 24 horas por dia. Nisto, digam o que disserem, São Paulo é insuperavel.
  7. Manobristas/estacionamento: hahaha, estou perdida! Completamente ferrada! E verdade que em Lyon ha MUITO menos gente do que em São Paulo e também muito menos carros. E menos trânsito. Até ai, perfeito. So que ha também infinitamente menos estacionamentos. E vagas nas ruas. Manobristas então, esquece! Eles nunca ouviram falar (tai uma idéia de negocio para abrir aqui... eu ia ser a primeira cliente, com cartão de fidelidade e tudo!). E tudo isto não é exagero meu, não. “Onde estacionar” é uma preocupação recorrente. As pessoas levam isso em conta antes de sair para qualquer lugar.E depois ficam rodando, rodando, rodando atras de uma vaga minima que seja (também notei que os franceses não são muito fãs de pagar estacionamento, enquanto que eu fico muito feliz e aliviada em ver um simbolo P, de parking). Junte-se a isso o fato de que eu não sou muito dotada para fazer balizas (para não dizer um completo desastre), vocês podem imaginar como estou ferrada, não??? Vou ter que aprender a fazer baliza na marra. E com um carro que é bem maior do que o que eu tinha em SP (bom, pelo menos ele tem direção hidraulica!).

O que estou curtindo muito aqui:

  1. Queijos e vinhos: obvio e ululante, mas necessario comentar. A quantidade de queijos aqui é impressionante. Você vai a um supermercado do tipo Carrefour e tem um corredor inteiro so de queijos. Fico perdidinha, nunca sei o que escolher. Por enquanto não arrisquei muito ainda, so comprei os que ja conhecia, tipo brie, camembert, fromage de chèvre. Mas aos poucos pretendo ir arriscando e degustando novos queijos... Sobre os vinhos, a mesma coisa. Eu não conheço ABSOLUTAMENTE nada sobre vinhos, mas estou me deliciando... Tenho bebido vinho no almoço (não todo dia...), e em algumas saidinhas com o pessoal à noite. Mas o preço dos vinhos é que é impressionante! Outro dia fui ao mercado com uma amiga e queria comprar um rosé, so que não sabia qual. Ela me indicou um e disse que era muito bom. Sabem quanto? Menos de 3€ a garrafa... Pois é, metade do preço de meio copo americano de caipirinha sem gelo, rsrs.
  2. Poder andar na rua sem ter medo: ok, eu sou a pessoa mais medrosa que eu conheço, admito. Mas ha muito tempo a situação em SP esta calamitosa e eu tinha medo até da minha propria sombra. Andar sozinha na rua à noite era algo que nem me passava mais pela cabeça. Pois é, mas aqui é simplesmente alucinante como podemos andar mais tranqüilos. E claro que gente louca e lugares meio desaconselhaveis existem em toda parte. Mesmo aqui me dizem que em certos lugares é preciso tomar cuidado. Mas no geral, não ha a sensação de insegurança. Quando eu saio com o pessoal à noite, por exemplo, todo mundo sempre volta a pé para casa, sem nenhum problema. E eu também, volto tarde, sozinha e andando. Não vou dizer sem medo porque ainda tenho meus costumes paulistanos. Mas realmente é bem mais tranqüilo aqui. Alias, as poucas pessoas para as quais comentei que em SP a gente não pode mais parar no farol vermelho à noite porque é perigoso ficaram tão assustadas que eu decidi não comentar mais isto. Nestas horas a gente se da conta de como a gente se acostuma logo com as coisas, mesmo as ruins.
  3. Um rio às margens do qual se pode caminhar: ok, ok. Se a gente quiser, até pode caminhar às margens do Tietê e do Pinheiros. Mas acho que não vai ser tão divertido quanto caminhar às margens do Rhône. E também, estando na Marginal, acho que vai ser um bocadinho mais perigoso :)
  4. Horario de trabalho: tudo bem que estou num periodo de trabalho digamos assim um pouco monotono, pois esta todo mundo em férias e eu ainda não assimilei tudo o que tenho que fazer. Mas ja vi que mesmo em periodos normais de trabalho, o esquema aqui é bem mais light. Para começar, ninguém aqui chega antes das 9h (pelo menos no meu departamento, as pessoas chegam entre 9h15 e 9h30). Oficialmente, temos “no minimo uma hora de almoço entre 12h e 14h”, mas o pessoal do meu departamento resolveu que temos todos os dias um almoço das 12h às 14h, ou seja, duas horas. E ninguém sai depois das 18h30... Outro dia, conversando com uma amiga do trabalho, ela me disse que às vezes, em periodos de muito, muito trabalho, a gente chega a sair até às 20h. Comecei a rir na cara dela, visto que este era mais ou menos o meu horario de saida da Arno todos os dias... E que eu entrava às 8h e tinha uma hora de almoço...
  5. Chegar no trabalho em 15 minutos: pois é, eu moro em Lyon, trabalho em Ecully (outra cidade) e tenho levado 15 minutos para chegar ao trabalho. Claro que isto é efeito das férias também, mas acredito que em periodos normais não vou levar muito mais do que isto.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Fim de semana fora de Lyon

Depois do topico “fim de semana em Lyon”, vem o post “fim de semana fora de Lyon”.

Para começar, um dos carinhas brasileiros que eu conheci pelo orkut me chamou para ir a Pérouges no sabado. Pérouges é uma cidadezinha medieval que fica a meia hora de Lyon. Fomos ele, eu, e mais dois brasileiros (ou seja, a Kel e três caras... Não tem jeito mesmo, uma vez mano, sempre mano, rsrs).

O passeio foi beeeem legal. A cidade é uma gracinha, mas é aquele esquema de “cidade de primeira”: quando você engata a segunda, ja saiu da cidade. Pois é, andamos um pouquinho la, tiramos fotinhos, compramos coisinhas (eu comprei uma caneca, é claro!) e depois sentamos na mesa de um bar medieval e tomamos uma cerveja medieval (so o preço não era medieval, mas tudo bem). Ficamos neste bar um tempão, bebendo, rindo e conversando sobretudo sobre as diferenças entre o Brasil e a França. Ah, e também falamos muito de futebol!!! Me senti em casa, logico... Como nos velhos tempos da faculdade, eu e os meninos discutindo futebol...

Também comemos uma gallete au sucre, uma torta de açucar deliciosa, que é a especialidade da cidade!

So um detalhe: depois de algum tempo neste bar, percebemos que brasileiro é um povo muuuito barulhento! A gente estava rindo e falando super alto (e não estavamos bêbados) enquanto nas mesas ao lado, mesmo as que tinham turmas de amigos, estava todo mundo falando baixinho e olhando pra nossa cara! Vergonha... mas a gente é assim mesmo, fazer o quê, né?

No domingo, fui à casa da mãe da Karine (colega de trabalho), que mora a uns 30km de Lyon em uma casa com piscina. Como estava um tempo maravilhoso, fomos la tomar um solzinho, entrar na piscina e conversar. Também estavam la a Amélie (outra amiga do trabalho) e a Véro, amiga da Karine que foi conosco ao show do Olodum.

Nas fotos abaixo, sabadão em Perouges. Para quem notou, sim, havia um ponte pretano entre nos, rsrs. Os outros dois eram são-paulinos (ô raça! rsrs). E domingão na piscina.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

08/08/08

Oito do oito de dois mil e oito... Um pouco mistica a data, não?

So faltava olhar no relogio e ver que são 8:08, mas para mim ja esta de tarde agora... E às 8:08 da manhã eu ainda não estava muito operacional, visto que hoje acordei às 8:07. Incrivel, não?

Tinha uma amiga que faz aniversario no dia 8 de agosto e ela dizia que tinha sido marcante para ela o aniversario de 88... ela tinha apenas 8 aninhos, imagino que hoje, aos 28, deve ter sido legal também o impacto da data.

Eu não nasci em 8/8, mas nasci no dia 8/6 e o numero 8 é um numero do qual eu gosto muito... Ontem, assistindo ao telejornal à noite, eles estavam falando sobre a cerimônia de abertura dos Jogos Olimpicos e de como o numero 8 é sinal de sorte (ou algo assim) para os chineses. Portanto, o dia de hoje deve ser extremamente significativo para eles!!!

Tenho uma amiga que esta casando hoje (pena alias que eu não possa estar no casamento dela). Mas é uma otima data para o casamento, pelo menos as possibilidades do marido esquecer a data de aniversario de casamento são minimas!!! Isso me faz lembrar de um outro amigo que se casou no dia 04/04/04. Se até hoje eu não esqueço, imagino que ele não deve ter esquecido também, o que deve tê-lo poupado de alguns desacertos conjugais...

Mas para quem quer aproveitar outras datas assim, é preciso lembrar que so da para fazê-lo até 2012, ok? Vocês so têm mais quatro anos... Porque depois o décimo terceiro é so um salario a mais mesmo (para quem o tem)... Nossa, que comentario sem-graça, rsrs.

Enfim, como eu gosto muuuuuito do numero 8, não podia deixar esta data passar em branco. Provavelmente não vou sair por ai comemorando, mas pelo menos aqui no blog fica o registro.

C'est quoi ce bordel???

Decidi mudar o nome deste blog. Em primeiro lugar, vamos combinar que “C’est la vie!” não foi la um titulo muito criativo, né? Sim, sim, eu sei disso. E que estava tão ansiosa para criar o blog que naquele momento nenhum titulo digno de um prêmio em Cannes me veio à cabeça.

Mas alguns dias depois, tive outra idéia, que eu acho que tem muito mais a ver comigo e com este blog. O quê? Vocês não gostaram da idéia de eu trocar o nome do blog? Ah, não sejam tão intransigentes, vai... O blog é novinho, recém-nascido. Ainda da tempo de rebatiza-lo.

Bom, mas vamos à explicação do nome e tenho certeza que vocês vão concordar comigo.

Para começar, “c’est quoi ce bordel?” em português seria algo como “mas que bagunça/que zona é esta?”. Dai que quando eu estava no Brasil, a minha querida ex-chefinha Eli e eu sempre usavamos esta expressão. Até que um dia alguém falou para ela que a palavra “bordel” não era muito legal para ficar falando assim e tal... (bordel em francês é o mesmo que em português, ou seja, não é uma coisa que gente elegante fica falando por ai).

Quando cheguei aqui na França, um dia conversando com o pessoal do trabalho, soltei a famosa expressão. E eles morreram de rir! Perguntei se não podia falar isto e eles disseram que, veja bem, é algo que se pode dizer entre amigos, mas é um pouco vulgar. O melhor seria dizer “bazar” ao invés de “bordel”. Bazar quer dizer bagunça também e é menos vulgar.

Mas acontece que eu gosto muito muito muito de falar “C’est quoi ce bordel?”. Fazer o quê, né? Não sou uma moça fina da alta sociedade, não posso negar minhas origens, sou da ZL (“aê, mano, é nois na fita, certo?”). Enfim, dizer “c’est quoi ce bordel?” é desestressante e, além do mais, toda vez que digo isto aqui no meu departamento o pessoal se mata de rir no maior estilo “ti-bunitinho-a- brasileirinha-falando-coisa-feia-em-francês”. E eu morro de rir da cara deles e acaba sendo um momento engraçado.

E ai, gostaram da explicação? Se não gostaram, vou falar que nem a minha amiga Charu: “o blog é MEU, a autora sou EU, eu faço dele o que eu quiser”. Hahahahah! Vou deixar a propria Charu explicar a historia se ela quiser...

Ah, faltou explicar como se pronuncia o novo titulo para quem não fala francês. E assim o: “sé cuá ce borrrrdél?”.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Requebra, requebra, requebra assim...

Como vocês sabem, sabado passado foi o dia do show do Olodum aqui em Lyon. Vou contar como foi, mas vamos começar do começo.

Fui la com a Karine (uma amiga do trabalho) e a Véro (uma amiga dela).
O show foi no Teatro Romano (foto ao lado), mas infelizmente não era permitido entrar com câmera fotografica, então vou ficar devendo o registro deste momento...

Quem abriu o show foi uma cantora do Cabo Verde, Mayra Andrade. Ela tinha uma voz lindissima mas, apesar de cantar em português, era um português muito diferente, eu entendia uns 10% do que ela cantava...

Depois, entraram os Barbatuques que, como ja escrevi em outro post, é um grupo de percussionistas de São Paulo cujo unico instrumento de percussão é o proprio corpo. Gente, o show deles é fenomenal! E impressionante, empolgante, fantastico! Os caras são muito bons, vale a pena ver! Tem uma hora em que fica apenas um deles uns 15 minutos fazendo uma percussão com os pes, as mãos e a boca, não sei como o cara agüenta. Fora que eles sabem envolver a platéia também, fizeram um monte de numeros dos quais o publico participava batendo palmas ou cantando. Muito bom! Não sei exatamente qual é o esquema deles ai em SP, mas se tiver algum show, vale a pena ver.

Depois de uma hora de Barbatuques, entrou o Olodum... “O Olodum ta hip, o Olodum ta pop, o Olodum ta reggae, o Olodum ta rock, o Olodum pirou de vez...”.

O show deles foi obviamente bem animado também, mas o problema é que não estavamos no Brasil... Apesar de ter muitos brasileiros no show, a maioria do publico era francesa, e eles não conheciam o Olodum e passaram o show inteiro sentados... Não sei como conseguiam... So sei que uma hora a Karine e eu não nos agüentamos, levantamos e começamos a dançar no meio da arquibancada mesmo.

Assistir ao show do Olodum sentadas é que não dava, né?

Enfim, foi uma noite super agradavel e deu para matar um pouquinho as saudades do Brasil...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Pequeno comentario meteorologico

Em um ponto, Lyon e Sampa são bem parecidas: ontem estava fazendo 36°C aqui e ninguém estava agüentando tanto calor... Hoje passamos para 18°C e não para de chover... E ai, alguém duvida que o fim de semana esta chegando???

Não tô entendendo...

Momento nostalgia: quando eu era criança e vi pela primeira vez na escola a explicação do semaforo e suas cores (acho que foi no parquinho isto), eu não entendi muito bem o amarelo. O que queria dizer exatamente aquele “atenção”? Atenção o quê? O vermelho e o verde, para mim, eram bem claros; neste caso, os verbos no imperativo (Pare! Prossiga!) ajudam bastante. No verde você pode passar, no vermelho você espera. Mas o amarelo e seu “atenção” me intrigavam. Bom, é obvio e ululante que depois eu acabei entendendo o amarelo... Apesar de ainda não saber fazer baliza direito, eu não comprei a minha carta...

Enfim, a regra é: “vermelho, pare; amarelho, atenção; verde, prossiga”. Certo?

Não. Pelo menos não aqui na França...

E sabido por todos que, no Brasil pelo menos, o amarelo ha muito tempo virou: “acelera logo, mané, antes que o semaforo feche”. E, aparentemente, até aqui na França era assim.

So que algum mentecapto aqui inventou que agora na França é obrigatorio parar no amarelo. Isto mesmo que vocês leram: “vermelho pare, amarelo pare também, verde prossiga”. Alias, para ser mais exata, “laranja pare”, porque o amarelo do farol aqui é chamado de “orange” (achei bonitinho isto, apesar de acreditar que a cor do semaforo é mais para amarelo mesmo).

Enfim, dizem que andam até instalando uns radares nos semaforos para pegar o povo que passar no “orange” (me pergunto se o pessoal daqui andou fazendo estagio na prefeitura de Sampa). E eu, com meus reflexos que ainda não entenderam que estou na França (é, eu sou lerdinha mesmo), ja passei em uns três semaforos “orange”. Não teve jeito, eu vi o raio do amarelo/laranja e acelerei... So depois é que me toquei que tinha que ter parado. Espero que não havia radar nestes semaforos, porque até para ver radar eu sou meio tosca.

Mas pensando neste meu reflexo, cheguei à conclusão de que esta historia de parar no amarelo não faz o menor sentido. Porque, na verdade, como vim a entender bem depois das aulinhas da escola, o amarelo serve como um momento de tomada de decisão: o semaforo esta verde, de repente fica amarelo, e você precisa considerar varios fatores antes de decidir se passa ou não (se ha algum carro colado atras de você, por exemplo, se da tempo de acelerar e passar, enfim...). So se que se você é obrigado a parar no amarelo, não ha mais este momento de tomada de decisão. E fica tudo muito repentino, porque o semaforo pode estar verde como um gramado de futebol e, de repente, num segundo, ta amarelinho, e você tem que parar sem nem pensar. E dai, amigos, se tiver um carro na sua cola, blau, blau...

Anyway, espero que a moda não pegue ai no Brasil...