domingo, 30 de novembro de 2008

E viva o novo Beaujolais! - Parte I


Uma das tradições aqui de Lyon é festejar o lançamento no novo Beaujolais, todos os anos, na terceira quinta-feira de novembro.

O Beaujolais é um vinho francês produzido ao norte de Lyon, na região de Beaujolais (é claro!!!). Não é exatamente conhecido como o melhor vinho do mundo mas, como me disseram alguns franceses, “ça se boit” (ou seja, é bebivel). Na verdade, segundo algumas pesquisas informais (leia-se: perguntas feitas aos meus colegas de trabalho), o Beaujolais em si não é um vinho ruim. O novo Beaujolais (o que é lançado cada ano) é que não é la aquela maravilha, fato que eu pude constatar por mim mesma...

Pois bem, como eu dizia, todo ano, na terceira quinta-feira de novembro, acontece a festa do novo Beaujolais no centro de Lyon. Varios comerciantes montam seus stands e começam a vender copos ou garrafas de Beaujolais na rua, para as centenas de pessoas que por ali se espremem...

Dai que, depois de um dia de trabalho e três horas de dança (às quintas-feiras tenho aula de jazz e de salsa), fui com à Sandrine ao centro de Lyon celebrar o Beaujolais.

Realmente, não é o melhor vinho do mundo. Mas sabe como é, né? Você la na rua, no frio, no meio da galera, todo mundo feliz e contente bebendo vinho, você vai la e bebe um copo também. E mais um. E outro. E outro. E assim vai.

Ao contrario do vinho, a festa é muito legal. Realmente é um clima contagiante, todo mundo na rua, bebendo, conversando, brincando. E depois de uns copos de vinho os franceses ficam bem sociaveis... Minha amiga e eu conversamos com um monte de gente.

Primeiro conhecemos uns caras que se disseram jornalistas, nos fizeram um monte de perguntas e anotaram tudo o que falavamos. Eles queriam saber o que estavamos achando da festa, do vinho, do clima... Eu não estava botando muita fé que os caras eram realmente jornalistas, mas alguns dias depois, fazendo uma pesquisa na Internet sobre o Beaujolais (justamente para escrever este post), encontro o link seguinte: http://www.lefigaro.fr/vins/2008/11/21/05008-20081121ARTFIG00495-lyon-a-fete-le-beaujolais-nouveau-.php.

Caraca! Não é que os caras eram jornalistas mesmo ?

Não sei se vocês clicaram no link, mas tem uma parte do artigo em que eles falam de mim ! De mim, euzinha, Rachel!

Segue o trecho do texto e a tradução :

Un groupe de salariés anglais venus pour un séminaire, qui trouve le vin «very nice», se dit même surpris par une telle masse. «Pour la sortie du beaujolais nouveau, il n'y a rien de comparable en Angleterre.» Même son de cloche chez Rachel, une jeune Brésilienne qui travaille dans la communication. «On a le carnaval, mais aucune fête de ce genre.»

Tradução :

Um grupo de funcionarios ingleses vindos para um seminario, que acham o vinho «very nice», se diz surpreso com uma tal massa de gente. «Para o lançamento do novo Beaujolais, não ha nada comparavel na Inglaterra». Mesmo comentario feito por Rachel, uma jovem brasileira que trabalha em Comunicação. «Nos temos o Carnaval, mas nenhuma festa deste gênero».

Ok, os caras deturparam um pouco a minha frase. Mas eu sai no jornal na França !!!!! Não é o maximo isso ? Tô falando que daqui a pouco eu estou dando entrevista no Jô Soares…

Enfim, mas voltando ao artigo, os jornalistas deturparam a minha frase. O que aconteceu é que eles me perguntaram o que eu estava achando da festa e se no Brasil havia algo parecido, alguma festa assim em torno de uma bebida. Eu disse que não que eu soubesse. Dai eles falaram : « mas vocês têm o carnaval ». E eu disse : « sim, temos o carnaval, que é uma super festa, mas cujo tema principal não é a bebida ». E dai eles pegam a minha frase e transformam nisso (« nos temos o Carnaval, mas nenhuma festa deste gênero »), o que faz parecer que eu estou esnobando total o Carnaval e dizendo que a festa do Beaujolais é melhor. Sinceramente, nem de longe !

Voltando à festa do Beaujolais, depois dos jornalistas conhecemos um francês que ja estava meio alegrinho e que ficava dizendo que eu o irritava, porque eu entendia tudo o que ele falava (ele achava que, por ser brasileira, eu não ia entender certas expressões que ele dizia...).

E depois deste pentelho, conhecemos dois espanhois gatissimos e ficamos o resto da noite conversando com eles (em espanhol, porque depois de tanto vinho, o idioma flui que é uma beleza!). Ainda saimos de la e fomos para uma balada com os caras. Mas eles eram meio lerdinhos e não rolou nada, nem uma troca de telefone! Fiquei passada...

A moral da historia é que voltamos para casa às quatro da manhã, em plena quinta-feira (ou melhor, sexta) e um tanto quanto bêbadas... E isto foi apenas o primeiro dia do Beaujolais...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Francês mim não falar também

Para ninguém achar que ja estou metida a besta, dizendo que estou esquecendo o português e tal, queria esclarecer que minhas frases em francês também nem sempre têm saido muito certas...

E verdade que não tenho tido muitas dificuldades em me expressar e ja percebi que meu francês evoluiu bastante nestes quatro meses. Mas ainda vivo algumas situações hilariantes...

Outro dia, conversando com uma amiga francesa, estavamos falando sobre gatos. Os de verdade, felinos, bichinhos de estimação. Pois bem, estava contando a ela que em São Paulo eu tinha um gatinho preto, o Di. E ela me perguntou como é que eu tinha achado este gato. Dai eu fui explicar que, na verdade, eu tinha um casal de gatos (uma gata preta e um gato cinza), e que este casal de gatos “acasalou” e dai nasceu um monte de filhotes, entre os quais, o Di.

Bom, mas obvio que eu não sabia dizer “acasalar” e nem “filhotes” em francês. Dai, soltei uma frase mais ou menos assim: “a gente tinha uma gata preta e um gato cinza na minha casa. Um dia, os dois fizeram amor e dai nasceu um monte de gatinhos”.

Não é uma frase muuuuuuito fofa? O gatinho e a gatinha fizeram amor! Ai, achei lindo isso! Parece saido da boca de uma criança de 3 anos...

E também contei à minha amiga que o meu gatinho Di tinha um probleminha na “perna” traseira (obviamente, não lembrava como dizer “pata”). Mas também, o que vocês queriam? Gatos que fazem amor so podem mesmo é gerar um gatinho que tem pernas ao invés de patas, oras!

Tudo isto me fez lembrar um amigo que fala alemão e que, um dia conversando com uma alemã, ela fala assim para ele: “Nossa, você esta falando alemão como o meu filho!”. Quando meu amigo ja estava se achando, ela continua: “Meu filho de 3 anos!”. Bom, Kiw, sem querer te “denunciar”, mas ja denunciando, não lembro direito se a idade do filho era esta mesma, se não for você corrige o post, ta? :)

domingo, 16 de novembro de 2008

Português mim não falar

Quando eu fiquei sabendo que vinha para a França, um amigo me disse que estava muito feliz por mim, mas que não era para eu ficar metida e insuportavel e que, se por acaso eu voltasse daqui a três anos com sotaque francês, ele ia me dar umas porradas. Pois bem, acho que voltar com sotaque francês não vai ser o caso. Mas desde ja aviso que pode ser que eu volte falando umas coisas estranhas, visto que apos apenas quatro meses aqui, quando falo português com alguém, ja estou soltando frases assim:

- Resiliar o contrato (ao invés de “rescindir o contrato”)

- Fazer atenção (no lugar de” prestar atenção”)

- Demandar uma informação (em vez de “pedir uma informação”)

Ok, vocês podem estar achando que tudo bem, que eu estou exagerando e que estas frases, embora um pouco estranhas, são perfeitamente compreensiveis. Mas eu estou avisando: a coisa pode piorar. E muito.

Semana passada encontrei um casal de amigos brasileiros muito gente boa que estão aqui ha dois anos. Fomos comer umas ostras na feira de domingo (é, isto mesmo, comemos ostras na feira. Com vinho branco. E, considerando que isto aconteceu ao meio-dia de um domingo, as ostras com vinho foram meio que o meu café da manhã...). Enfim, fomos comer as tais ostras e aproveitamos para comprar uns pães também (é, além das ostras e do vinho, comemos pão e queijo também. Olha a farofada!).

Dai, na hora de comprar o pão, a minha amiga fala assim para mim: “então, você so come pão branco ou pode ser pão completo também?”. Pão completo? Eu explodi de rir... Ela queria dizer pão integral (em francês, pain complet = pão integral).

E esta mesma amiga me contou que às vezes, conversando com o marido dela, solta umas frases assim: “a gente rigola muito!”. Rigoler, em francês, quer dizer “divertir-se, dar risada”. Dai, que ela pegou o verbo “rigoler” e mandou ver na conjugação em português: “eu rigolo, tu rigolas, ele rigola, a gente rigola”. Ora, super normal, não?

Viram como as coisas podem piorar? Estou avisando, hein? Daqui a três anos acho que ninguém vai entender mais nada do que eu disser em português...

Fora quando eu quero dizer alguma coisa em português, mas esqueço a palavra. Hoje à tarde, almoçando com um amigo brasileiro (que esta vindo como expatriado para ca e ainda não fala francês), eu queria perguntar se ele queria a carne dele ao ponto, bem passada ou mal passada, mas quem disse que eu lembrava como dizer uma destas três coisas em português? Simplesmente não lembrava. Nenhuma das três... Foi horrivel, deu “tilti” total... Control, Alt, Del para reiniciar!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Lua de mel de outono

Estava em lua de mel com Lyon desde o começo do outono.

E impressionante como as estações são bem marcadas aqui e como, desde o fim de setembro, as folhas das arvores começaram a mudar de coloração, passando de verdes para amarelas, laranjas e até vermelhas.

Eu, menininha da cidade que sou, nunca tinha visto uma mudança de estação tão marcada, tão explicita e tão bonita. Admirava todos os dias as cores das arvores, maravilhada com a natureza... Queria tirar fotos de cada esquina da cidade onde ha uma arvore amarelada ou vermelha.

Pois é, mas a lua de mel acabou no ultimo domingo. Não, o outono ainda não acabou. O que acabou foi o meu bom humor para com a querida mãe natureza, no belo dia em que eu, descendo a ladeira que sai da minha rua para o centro velho de Lyon, piso numa destas lindas folhas amarelas que pousavam sobre o chão ainda molhado da chuva da noite anterior, escorrego toscamente, caio no chão meio de bunda, meio de joelho e continuo escorregando de bunda por alguns segundos, numa cena digna das Videocassetadas do Faustão.

Moral da historia: bunda roxa, joelho roxo, calça jeans amarelinha e Rachel vermelha. De raiva, não de vergonha, porque felizmente não havia ninguém passando perto nesta hora.

Ja estou imaginando como sera no inverno, quando nevar e as ruas estiverem ainda mais propicias a virarem tobogãs. Estou indo agorinha para a loja comprar um capacete, joelheiras e cotoveleiras. E bundeiras também, se eles tiverem.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Hey, quem não pula não é Lyonnais!

Todo mundo sabe que eu AMO futebol, acompanho mesmo, sou uma torcedora fervorosa do Palmeiras, e adoro não apenas assistir, como também (e principalmente) comentar, discutir e dar palpites sobre os jogos.

Pois é, e mesmo estando aqui na França, não deixei de torcer pelo Verdão querido e nem de acompanhar os resultados do campeonato brasileiro. Alias, tenho que agradecer muito ao meu irmãozinho querido por enviar-me e-mails com os resultados dos jogos e a situação do Palmeiras no campeonato. E olha que o meu irmão é corintiano roxo! Mas é claro que ele também me manda comentarios sobre a série B, dizendo que o Coringão é lider da segundona e tal... Ai, socorro!

Enfim, so que agora também tenho um time francês, o Olympique Lyonnais, que é o time aqui de Lyon, claro. Porque aqui na França tem uma coisa diferente do Brasil: não existem varios times de futebol numa mesma cidade. Normalmente, ha um time grande por cidade e estes times grandes disputam o campeonato nacional. Por isto, temos o OL, de Lyon, o PSG, de Paris, o Olympique de Marseille (de Marselha, claro) e mais uma meia duzia de times de médio porte.

O OL é o principal time francês da atualidade. Este ano, foi campeão francês pela sétima vez seguida e também campeão da Copa da França (acho que é o equivalente da Copa do Brasil). E este ano eles estão disputando também a Liga dos Campeões, um campeonato disputado pelos times que foram campeões em seus respectivos paises.

Bom, daqui que semana passada fui ao estadio assistir a um jogo do OL contra um time romeno, o Steaua Bucareste, pela Liga dos Campeões. Foi um fornecedor do Grupo SEB quem nos ofereceu dois ingressos e eu fui com a Sandrine.
No caminho para o estadio ja foi dando para sentir o clima de futebol, o metrô estava lotado e todo mundo tinha um cachecol ou um gorro do OL (menos eu, snif...). O estadio estava lotado (37 mil pessoas) e a maioria era torcida do Lyon.

O jogo foi muito legal, terminou 2 a 0 para o OL, com direito a um golaço de falta do Juninho Pernambucano. Alias, abre parênteses: faz um tempão (acho que uns 6 ou 7 anos) que o Juninho joga aqui no Lyon e ele aqui é tratado como rei. Todo mundo o adora, porque ele joga super bem, faz muitos gols e, desde que chegou, o Lyon tem ganhado tudo. E é engraçado que todo mundo pensa que Juninho Pernambucano é o nome verdadeiro dele. Eu morro de rir... Ja expliquei a varios franceses o porquê do “Juninho” e o porquê do “Pernambucano” e que o nome verdadeiro dele não tem nada a ver com isto (Antonio Augusto Ribeiro Reis Junior), mas eles desacreditam... Fecha parênteses.
Mas apesar de o jogo ter sido muito bacana, senti falta de um pouco mais de emoção. Tirando a parte da arquibancada que estava exatamente abaixo de nos, e onde sempre fica a torcida organizada do Lyon, que canta e agita o tempo inteiro, o resto do estadio fica meio calado, meio timido. Todo mundo assiste ao jogo sentado e, quando ha um lance mais emocionante, perto do gol, algumas pessoas levantam para ver e dai logo vem um grito la do fundo: “Sentaaaaa”. Eu fiquei com a maior vontade de estar la com a torcida organizada, acho que estava bem mais animado por la...
Alias, achei engraçado também que o principal grito de guerra do Lyon seja “Hey, qui ne saute pas n’est pas Lyonnais” (Hey, quem não pula não é Lyonnais), visto que a maioria da torcida grita isto sem pular...

domingo, 9 de novembro de 2008

Followers

Zanzando aqui pelo blog, descobri uma nova funcionalidade chamada Followers... Trata-se de uma função que permite aos leitores do blog aparecerem como "followers" ou "seguidores", inclusive com suas respectivas fotinhos, se tiverem uma conta no Google. Pelo que entendi, estes seguidores também podem inscrever-se para receber as atualizações do blog, o que eu achei muito legal.

Bom, não sou uma pessoa assim muito entendida de tecnologia (para todas as minhas duvidas sobre tudo o que é coisa que liga na tomada, tenho o Kiw, o meu amigo mais tecnologico), mas resolvi testar este treco e deixa-lo ai do ladinho esquerdo do blog, para ver no que é que da :). Vocês podem inscrever-se e depois me contar se esta dando certo ou não...

O problema são os outros

Quando eu cheguei aqui, toda vez que ia atravessar a rua fora de um semaforo, ficava esperando os carros passarem, tal qual fazia em São Paulo. So que os carros (a maioria deles, pelo menos), paravam para que eu passasse. Dai ficava aquela situação: eu parada esperando os carros passarem e os carros parados esperando que eu atravessasse. Demorou até que eu compreendesse que, aqui, os carros param para os pedestres, mesmo fora dos semaforos.

Mas o que demorou mais ainda foi pegar o reflexo de parar para os pedestres quando eu estou dirigindo. Isto demorou bastante, eu simplesmente não tinha o reflexo de parar para os pedestres, a não ser nos semaforos, é claro. Mas aqui ha muitas faixas de pedestre sem semaforos... E o motorista para quando ha um pedestre. So que eu demorei a pegar este habito e, até então, percebi muitos pedestres me xingando depois que eu passava de carro sem ter parado para eles...

Dito isto, me dei conta de uma coisa: a gente sempre fala no Brasil (mais especificamente em São Paulo), que os motoristas são uns loucos, dirigem como malucos, não estão nem ai para os pedestres, que na Europa é tudo diferente, que é so você colocar o pé na rua que os carros param. Até ai, ok. So que é engraçado como a gente sempre se refere aos motoristas como “os outros”, como uma classe à qual não pertencemos. Ora, e quando somos nos a assumir os volantes, como agimos? Sera que somos tão diferentes assim dos “outros”? Sera que respeitamos mais os pedestres?

Tudo isto me fez lembrar uma campanha que vi ha pouco tempo em SP, que dizia mais ou menos assim: “se todos os motoristas fossem como você, como seria o trânsito na cidade?”. Achei uma puta de uma campanha, pena que acho que não foi tão difundida assim. Sem querer dar lição de moral nem nada, mas se todo mundo se perguntasse isto, talvez o trânsito fosse um pouquinho mais civilizado...

Também lembrei de uma noticia que ouvi na CBN, quando ainda estava ai no Brasil. A noticia era sobre um levantamento realizado em São Paulo, que mostrou que se os motoristas da cidade fossem multados por todas as infrações que cometem, eles perderiam a habilitação em 8 minutos. Isto mesmo, meros 8 minutos bastariam para perder os 20 pontos da carteira se fôssemos multados por todas as infrações que cometemos.

Cliquem aqui para ler a noticia, difundida no site da globo.com:
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL146825-5605,00.html

Não estou dizendo que a França é o mundo ideal e que aqui todos os motoristas são civilizados e dão prioridade para os pedestres. Muito pelo contrario, os franceses que eu conheço costumam dizer que Lyon é uma cidade onde é dificil dirigir, onde os motoristas não respeitam os pedestres e que os alemães é que são mais certinhos e dirigem melhor. Isto porque eles nunca foram para São Paulo... Mas acho curiosa esta visão que os franceses têm de que os alemães respeitam mais as leis, são mais certinhos, mais civilizados, mais pontuais... Estando aqui, percebi que, em muitas situações, a França esta para o Brasil como a Alemanha esta para a França...

Enfim, mas ja estou me habituando ao trânsito aqui. Ando bem mais relax no trânsito agora e me acostumei a dar a passagem para os pedestres... Pois é, outro dia até a minha amiga francesa me disse que eu sou “gentil demais” com os pedestres, pois simplesmente estava parando para todos...