sábado, 28 de novembro de 2009

Somos todas iguais?

Depois do ultimo encontro, em que vocês apenas conversaram e beberam entre amigos, vocês trocaram alguns torpedos, mas não houve nenhuma proposta de sairem juntos de novo.

Você esta ha dias pensando nisto. Pensando que gostaria de sair com ele mais uma vez, mas desta vez so os dois, para conversarem mais e descobrirem se têm mesmo afinidades.

Decide esperar alguns dias: afinal de contas, quem sabe ele não manda uma mensagem te convidando para sair?

De repente, um outro pensamento lhe vem à cabeça: e se eu mandasse uma mensagem primeiro?

Começa então uma discussão na sua cabeça, você diria mesmo que ha uma assembleia que se reuniu em sessão extraordinaria para debater o assunto :

- Ah, não! Não vai correr atras dele não!

- Mas não é correr atras, é um simples torpedo...

- Mas deixa ele te escrever primeiro.

- Mas foi ele quem me enviou o ultimo torpedo, que mal ha em fazer uma mensagenzinha?

- Não se desvalorize assim, deixa ele te procurar.

- Não estou me desvalorizando... quem foi que disse que so os homens têm que dar o primeiro passo?

- Olha, eu acho melhor você esperar um pouco.

- Eu acho que não ha mal nenhum em enviar um torpedo e chama-lo para sair…

E esta assembleia prossegue por horas e horas e dias a fio.

Depois de alguns dias, você finalmente toma a decisão de enviar o tal torpedo.

La se vão algumas horas a mais, pensando em cada detalhe do conteudo da mensagem: desde como começar (ola? oi? hello? bom dia? boa tarde?), o convite propriamente dito (que tal um barzinho um dia destes? O que você acha de bebermos uma cerveja quinta-feira?...), até as virgulas, os pontos e os smileys, tudo para parecer o mais "natural" possivel.

Terminada toda a reflexão sobre o torpedinho “natural”, vem o envio.

Na hora em que você acabou de escrever a mensagem, você fica em duvida de novo se deve envia-la ou não. «Mando ou não mando? Ai, sera? E se ele não responder? E se ele responder não? E se ele me achar atirada demais?»

«Ai, meu Jesus Maria José, mando e seja o que Deus quiser!!!»

E, invocando todos os santos e fazendo o sinal da cruz vinte vezes (incrivel como a fé se mostra presente nesta hora!), você envia o torpedo.

Então vem o alivio.

Alivio? Que nada!!! Agora é que começa o suplicio!

Porque vejam bem. Você consegue se manter tranquila até cinco minutos depois do envio.

Mas se depois disto ainda não houve resposta… meu Deus! Ai de quem estiver ao seu lado!!!

Cinco minutos depois da mensagem : «Ok, ele ainda não respondeu. Mas pode ser que esteja ocupado, trabalhando, em reunião, ou apenas não esta ao lado do telefone».

Dez minutos depois : «Caramba, sera que ele recebeu a mensagem? Sera que ele não quer responder? Sera que ele esta olhando a mensagem e rindo da minha cara?»

Mais dez minutos depois, você checa pela vigésima vez nas suas mensagens enviadas se o torpedo foi enviado mesmo.

Meia hora depois do envio, você pensa que talvez o celular não esteja pegando e é por isso que você não recebeu a resposta, claro!!! Dai você checa e as barrinhas estão todas la, cheinhas… O celular esta pegando sim… Foi apenas ele que ainda não te respondeu…

Mais dez minutos e você pensa : «PQP, eu sabia que não era uma boa ideia enviar esta mensagem! Agora o idiota esta la, todo se achando, e eu aqui, com cara de tonta. Ta vendo? Para você aprender da proxima vez!»

Toda decepcionada, você vai fazer alguma coisa para tentar se distrair : ver TV, acessar o orkut, ligar para uma amiga, lavar a louça, enfim, qualquer coisa vale para tentar esquecer o fiasco da mensagem.

Nisso, o barulhinho de mensagem do celular!

Com o coração saindo pela boca, você vai checar. E é uma mensagem dele!!!

«Claro, otima ideia ! Nos vemos na quinta então. Beijos»

Com um sorrisinho maroto, você pensa : «Yes ! Eu sabia que ele não ia resistir!»

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