Mas adianto que vai ser aos poucos, pois ha bastante coisa para contar e, como ja voltei a trabalhar, o tempo esta escasso!!!
Enjoy it!
Roma
Saimos de Lyon com um calor infernal... e chegamos à Roma com mais calor ainda!
O mais impressionante é que parece que os italianos ainda não descobriram o ar condicionado: chegando à Roma, pegamos um ônibus até a estação de trem que ficava proxima ao hotel e... janelas que não abriam e ônibus sem ar condicionado... quase derreti.
O hotel em que ficamos era, vamos dizer assim, diferente. O prédio mais parece um prédio de salas comerciais. O elevador parece vindo do século XVIII: todo de madeira e envolto por umas grades de ferro. Para entrar nele, era preciso abrir primeiro uma portinha de ferro, depois duas portinhas de madeira. Estando la dentro, é preciso fechar as mesmas portas (isto não é automatico) e rezar para o elevador não cair e nem parar no meio do caminho...
O hotel era, na verdade, apenas alguns quartos em um andar deste prédio. Na recepção, o dono do hotel, um velhinho muito simpatico que falava conosco mezzo em italiano e mezzo em inglês.
Os quartos até que eram arrumadinhos e espaçosos. Mas o ar condicionado, como eu disse, acho que ainda não chegou na Italia. Até havia um pseudo-ar condicionado, mas que quase não funcionava.
Os passeios
Qualquer um sabe que em Roma ha muuuuita coisa para se fazer e visitar e três dias não são suficientes para ver tudo. Mas até que acho que nos viramos bem e vimos o principal. Até porque em Roma, como diz uma amiga, so tem igreja, praça e fonte. Eu adicionaria também obelisco. Igreja, praça, fonte e obelisco. E, às vezes, tudo isto junto num mesmo lugar.
Uma das coisas que mais gostei em Roma foi o Coliseu. Sensacional. Pagamos uma visita guiada que foi muito interessante, pois pudemos entender um pouquinho mais da historia do lugar e do que se passava la.
Alguns exemplos: o Coliseu, inaugurado em 80 dC, foi mandado construir por Vespasiano, em cima de onde era o jardim da antiga casa do Nero.
La no Coliseu havia os lugares certos para os imperadores, a nobreza e o povão. O que acontecia la eram lutas entre gladiadores (que eram escravos, presos ou condenados), ou entre gladiadores e animais (leões, touros, etc.). O que mais me impressionou foi quando o guia nos disse que muitos gladiadores eram mulheres. Tadinhas!!!
Parece que a historia de que se matavam cristãos no Coliseu é mentira. Alguns cristãos foram mortos la na inauguração do Coliseu, mas depois, como eles não eram gladiadores, não renderia um bom espetaculo coloca-los la para lutar com animais, pois eles morreriam muito rapido, e ai não teria graça. Bacana, não? Eu fico imaginando que tipo de gente acha legal ir ver um espetaculo onde o objetivo é um gladiador matar o outro ou um animal matar o gladiador ou matar varios cristãos ao mesmo tempo. Sinceramente, o ser humano é a pior raça que existe.
Enfim, não vou me estender muito mais sobre o Coliseu, senão vai ficar chato... mas voltamos la na noite seguinte e tiramos fotos lindissimas! (quer dizer, o Kiw tirou, mas com uma modelo como eu, tem como errar a foto? Rsrs).
A parte antiga de Roma também é imperdivel: uma grande area, a céu aberto, com vestigios da Roma antiga (Forum Romano, Basilica,...).
Também gostei muito da Fontana de Trevi, apesar de so termos ido la uma noite e de ter uma multidão de turistas.
Alias, turistas era o que so tinha na Italia. Fica aqui a dica: agosto não é o melhor mês para visitar o pais em forma de bota. Faz um calor escaldante e as cidades são invadidas por turistas por todos os lados. A maioria das lojas e comércios fecham para férias neste mês, porque nem os italianos aguentam ficar la nesta época. Acredito que visitar a Italia deve ser muito melhor na primavera ou outono.
Anyway, ja que estavamos la, visitamos bastante, né?
Também fomos ao Museu do Vaticano. Sinceramente, uma decepção. Eu não sou assim super chegada em museus, o que eu queria ver é a Capela Sistina. O que acontece é que todo mundo que vai la so quer ver a Capela Sistina também e ela fica na ultima parte do museu, que é enorme!!! Ou seja, você tem que cruzar o museu inteiro (uma meia hora andando) lotadaço de gente até chegar à Capela. E quando chega la, o que acontece? A Capela esta obviamente lotadaça, não da nem vontade de ficar apreciando as obras e, ainda por cima, os guardinhas ficam gritando “no photo, no photo”. Puta saco. O que, alias, não adianta nada, porque todo mundo tira foto mesmo assim. Vide a foto abaixo, da pintura "A criação de Adão", de Michelângelo.
Fiquei decepcionada. Pode ser que eu seja muito, mas muito ingênua mesmo, mas achei que a Capela Sistina, até por ser uma “capela”, seria um lugar calmo, com bancos, assim como uma igreja, onde eu ia poder me sentar um pouco, admirar as obras e, com lagrimas nos olhos, ter aquele sentimento de “estou diante de uma das mais belas obras de arte jamais realizadas”. Não, não deu nem tempo de sentir isto.
Outra dica para quem for à Roma: se vocês forem visitar o Museu do Vaticano de manhã, pegarão umas duas ou três horas de fila. Agora, se forem à tarde, tem zero fila. Isto aconteceu conosco: fomos de manhã e a fila dava a volta no quarteirão. Como o sol estava de matar, hesitamos um pouco, andamos, fomos a um cyber café, almoçamos e, quando voltamos à uma da tarde, ninguém na nossa frente. Ninguémzinho. Achamos até que o museu estivesse fechado. Olha que dica otima, não?
Também visitamos a Basilica de São Pedro, a igreja do Papa... muito bonita por dentro e por fora.
Queriamos visitar a cupula da Basilica, de onde aparentemente se tem uma super vista de Roma. Mas não rolou. O que aconteceu foi o seguinte: para chegar na cupula, ha exatos 551 degraus. Uma parte do percurso é possivel fazer de elevador (uns 200 degraus), mas o resto tem que fazer a pé mesmo. Como quem sobe 300 degraus, sobe mais 200, decidimos não pegar o elevador (além de tudo, era mais caro). Ok. Subir os tais degraus não foi o mais dificil. Não tenho um condicionamento fisico excelente, mas nada que umas paradinhas para respirar não ajudem. Aquela tal historia: “550 degraus, 550 degraus, sobe um pouquinho, para um pouquinho, 550 degraus...”.
Anyway. O problema é que, no começo, os corredores eram amplos e, os degraus, largos. E havia janelinhas entre os lances de escada. So que a partir de um certo ponto, acredito que depois dos 350 degraus, o corredor começou a ficar pequeninho, estreitinho, baixinho (so passava uma pessoa por vez) e, o que é pior, sem janela nenhuma. E com um zilhão de turistas subindo. Dai que a bonitinha aqui teve uma crise brava de claustrofobia.
Pois é, eu sou um pouco claustrofobica. Nada que me impeça de pegar elevador ou avião, mas não me sinto bem em lugares fechados. Pois então, eis que nesta escadinha, eu começo a entrar em pânico e me sentir mal. Paramos em frente à uma janelinha (era o começo deste corredor mais fechado e so havia uma janela).
Quando olhava para cima, so via mais degraus e degraus e tudo escuro, ou seja, nenhum sinal de mais janelas no caminho. Dai, entrei e pânico (para não dizer que desatei a chorar) e desisti de continuar subindo...
Nesta hora, o Kiw e o Felipe foram as pessoas mais maravilhosas do mundo. Eles conseguiram me acalmar, dizendo que eu ia poder descer pelo mesmo caminho que subimos e que não tinha problema se eu não conseguisse terminar a subida. Dai, enquanto o Felipe contava que so havia 13 degraus para descer nesta parte mais fechada do corredor, o Kiw desceu os tais degraus para ver em que momento tinha menos gente para eu poder descer no contra-fluxo. E foi assim que fizemos. O resto dos degraus eu fui descendo na contramão, chorando de pânico por não conseguir subir e ao mesmo tempo de alivio por estar saindo daquela situação.
Obvio que no fim das contas eu fiquei triste de ter chegado tão perto e não ter conseguido subir até o final, mas logo encarei que cada um tem as suas limitações e eu tenho que aceitar a minha. As vezes, eu a enfrento. Mas às vezes ela é mais forte do que eu e é melhor eu respeitar isto.
No ultimo dia em Roma, fomos visitar o Castelo de Sant’Angelo. Mais uma vez, escadinhas para subir até a cupula. Desta vez, fiquei com um pouco de receio, mas deu para encarar. Quando cheguei no alto, fiquei orgulhosa de mim mesma. Como eu disse: às vezes da para enfrentar, outras é melhor aceitar que não da e ficar bem.
O que mais fizemos em Roma? Fontes, praças, igrejas... Piazza de la Republica, Piazza de Venezia, Piazza Navona… alias, esta ultima é lindissima e super animada à noite! Teve até uma noite em que estava acontecendo um show de opera na faixa para os turistas. Bacana, né?
Obviamente também comemos muita massa, risoto e pizza. E sorvete!!!!
Duas conclusões: o sorvete deles é realmente maravilhoso, principalmente o de morango (fragola, que eles dizem frágola). Mas a melhor pizza do mundo, não tem para ninguém, é a de São Paulo. De longe...
No fim dos três dias em Roma ja estavamos nos sentindo em casa: andavamos de ônibus para cima e para baixo, sabiamos onde tinhamos que descer, descobrimos restaurantes bacanérrimos e não muito caros... enfim...
A conclusão é que eu gostei de Roma, e até voltaria la, mas definitivamente, não no verão!
PS: Créditos das fotos - Kiw e Felipe
3 comentários:
Poxa... Vc conseguiu resumir bem Roma. E é impressionante como suas impressões são idênticas as minhas... Já estou com saudades e não vejo a hora de ler os seus relatos sobre a Tunísia. Estou morrendo de saudades de você. Obrigado mais uma vez pela alegria imensa que você nos proporcional em sua companhia na França, Itália e quem diria, Tunísia. Beijos Kis
Vim aqui para reclamar a falta de posts e tem esse enorme!
Adorei!
Não vejo a hora de saber sobre a Tunísia! rs
BjO
sorvete de amêndoa, pistache e dessas coisas castanhas... melhores sorvetes do mundo italiano.
e eu que num fui no museu do vaticano nem na capela... quase me arrependo, mas quem sabe um dia eu volte lá só pra isso... ;)
eba. veneza. vou lá no post.
=*
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